quarta-feira, 30 de março de 2011

Últimos Versos

Em um dia calmo em meio ao labor de todo dia
Rotineiramente, as mesmas questões, padrões, decisões
Em um momento de lazer, lascivia talvez (bem queria)
Encontrei alguém especial sem saber disto as razões

Símbolo de um dia normal, como outro qualquer
Mas, diferente, em sua essência quem sabe
Ou mesmo, pudera dizer, algo que bem me quer...
Confusão atormentante (mente infamante).

Ah! Se um dia puder dizer
Que dia especial foi aquele, meu bem querer!

Alguns dias se passaram
E aquele símbolo se transmudou
Figura estonteante, embriagante... Épica, talvez -
Mudou-me, abraçou-me, transformou-me.

Belos dias meu caro
Nada de amargura
Não mais apenas figura
Mas, enfim, a concretização do belo

Como é bom sentir assim
Algo tão perto, intenso, imerso não só a mim!

E, em tão poucos dias
O afago, o amor, a tenra inocência
sem malquerências ou ilusões
Muito menos vulgaridades, talvez algumas paixões -

Luxúria, mas luxúria humana
de um amor, talvez platônico - não sei
Mas, de um lado a outro, finalmente cheguei
Ao ponto final, de uma vida, às vezes vazia, mas não profana

Vida que sempre prezei
Será que, mais uma vez, verei tão bela esta que amei?!

Morro, mas morro feliz
Ao saber que, por um instante, senti amor puro
Tão real que ultrapassa a realidade, chegando ao infinito
Não eterno, como já dizia o mestre
Mas intenso em sua essência, fogo sem limites

E, por fim, que se escreva em meu epitáfio
Vivi, sofri, aprendi
Mas hei de dizer por tudo e a todos
Fizeste a mim feliz, amei, por um dia apenas, talvez
Mas por ti e em ti encontrei e soube o que é ser feliz!


Ps: Não são meus últimos versos no blog. É só o nome do poema mesmo!