segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O coração e a razão


O coração e a razão

Que desgraça é o coração
Sofre por amor, chora por emoção
Leva os olhos às lágrimas
Muitas vezes por algo sem importância
Sente um ódio insano
Que beira os limites da demência
A razão, da mesma forma
Nunca age fora de hora
Um menino radicado nas regras da moral
Mas sem liberdade alguma, diria, um mero mortal
E assim são essas duas "benditidades" humanas
Uma não age sem a outra
Mas dificilmente entram em comum acordo
Se ajo com razão, o coração aperta
Se ajo com o coração, a mente desperta
Então, resta o sofrer por amor...
Amor, a razão não sente, somente o coração
Amor, o coração mal entende, imagine a razão
Sofrer, o coração sente, a razão pressente
Amar, o homem faz, o coração permite, a alma se emite
E é assim, um sofrer intenso, infinito... Que, talvez nunca acabe, nem mesmo com a morte,
Pois a alma fica, e o amor, sublime que é, tranforma-se em energia, que nunca se desfaz...

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Que eu pereça

Ensina-me a não gostar tanto de você
não mais te querer
ficar dias sem correr atrás
sem saber nada de você

Ajuda-me a perder o meu amor
que por você cultivo todos os dias
me dê dessabores
para que eu possa morrer um dia

Faça-me perder o carinho
que por você é incomensurável
não me digas palavra doces
me expulse do seu quarto

Proporciona-me perder a vida
e me diga palavras vazias
para que eu não imagine mais
o quão bem você me faz

Não me traga remédios
nem me faça orações
deixe-me no tédio de um mundo sem vida
com as dores de minhas feridas

Deixe-me só, por favor eu peço
não posso mais correr atrás
minha vida não é capaz de durar sem você
pois a amo demais

Não quero lhe perder
então, antes que isso aconteça
faça-me perecer
ficar sem você não quero merecer...

terça-feira, 19 de julho de 2011

Minha Tristeza

Minha Tristeza

A tristeza assolou a minha vida
E me deixou, assim perdido
O que posso fazer minha querida
Se não consigo mais viver sem ter você

Ir embora eu já tentei
E agora, não sei mais o que fazer
É chegada a hora
Se é certa eu não sei

Por favor não vá pra longe
Porque assim não viverei
Se tu fores pra outro mundo
A ti procurarei

E nessa imensidão da vida
Num mundo cinza continuei
Não mais sei o que sou
Mas sinto que sempre te amarei

Esse é um sambinha que criei hoje. Um esboço na verdade. Vou melhorar e tentar gravar, vai ficar legal!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Reflexão sobre uma palavrinha de quatro letras: "amar"

Amar,
Uma palavra tão pequena, quatro letras, duas vogais, duas consoantes
Verbo, transformando-se no substantivo amor, adjetivo amado, advérbio amando...
Parece tão simples, mas as pessoas complicam tanto.
Enfim, sabe o que é amar?!
Amar é sentir-se bem
é sentir saudade do que se tem
e, também, do que não se tem
é sentir vontade de ficar junto
não só por ficar, mas para compartilhar
é sentir saudade mesmo junto
numa vontade louca de se transformar em um só com quem se ama
é lembrar dos momentos que se passaram
ter esperanças para momentos futuros
Amar não é falar que ama
é expressar com o coração
sentir a emoção em todas as terminações nervosas do corpo
sentir aquele calafrio, aquele friozinho na barriga, toda vez que se vê perante a pessoa amada
Amar é cair na noite e, de surpresa, levar um beijo à pessoa adorada
ou mesmo, simplesmente chegar na frestinha da janela de seu quarto e dizer um oi
é agir de forma simples, acanhado ou extrovertido, mas sempre de coração...
Amar é dizer sim quando preciso e não quando necessário
é saber ouvir mais do que falar
é falar sem se impor
Amar não é obsessão, muito menos possessão
é companheirismo, compartilhamento de vidas
é viver como sempre se viveu, mas com uma pessoa ao lado, sempre que possível
Amar não é abdicar dos amigos
é, sim, criar novas amizades, com os amigos do outro
é respeitar as amizades do outro,
é respeitar as vontades e gostos da pessoa amada
é conhecer a si e depois o outro, antes de mais nada...
Amar não é sofrer por amor
é sofrer pela distância
Não se morre por amor
morre-se dizendo "amei e continuo a te amar"
Quando se ama, podem-se passar segundos, minutos, horas, dias, meses, anos, até mesmo uma vida inteira
mas o coração sempre estará a esperar pela pessoa amada
e, no leito de morte, mesmo que a vida inteira longe
haver-se-á de lembrar daquela pessoa que se ama
o amor pode não ser eterno, mas perdurará até o último suspiro de vida terrena
E, se outra vida existir, passará o amor a um sentimento tão maior que aqui não compreenderemos do que se trata
Amar é sentir, é olhar, é sorrir, é viver...

terça-feira, 21 de junho de 2011

Reflexão do dia

O tempo não espera. Se tens o que dizer, diga, não titubeie! É melhor ser precipitado nas palavras do que fracassado na vontade (Diogo, 21 06 2011)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Palhaços da vida

Palhaços da vida

A vida prega peças
às vezes cômicas
mas diversas vezes sem graça
Em certos momentos
rimos à beça
em outros, choramos como criança

Contamos as horas para um dia chegar
outras vezes, não queremos ver um minuto passar
e nesse paradoxo, indecisos os homens hão de estar
Pedimos para amar
E quando ele aparece, dizemos que não é hora de chegar
Bicho estranho o homem, antagônico, sempre a eternizar...

Tão antitético é o homem que poupa dinheiro
Para, anos depois, poder gastar
E, no final, se arrepender de ter poupado e ter gastado, sem pestanejar

Reclamamos de tudo e do todo
E esquecemos do principal, nos mesmos, preocupação primordial
E, em prol do bem do outro, sofremos, entristecemos, caímos no nosso próprio esquecimento
Contudo, somos seres perfeitos, se carne e osso
Não desistimos nunca, nem mesmo no leito de sofrimento fatal
Todavia, continuaremos perdiso ali, no alento...

Continuamos a vida, tão querida por nós
Não aproveitamos nada, somos palhaços tristes e melancólicos
No show da vida perdemos nossa essência, e rimos do sem graça, choramos da nossa desgraça
Mas, bichos homem, teimosos que sois vós
Um fio de esperança existe - e não se trata de nenhum contexto bucólico
O futuro nos reserva melhores dias, de alegria e, enfim, felicidade, tudo com graça

Palhaços da vida que somos
Pregamos peças em nós mesmos - e nos outros também, porque não?!
Nos machucamos e machucamos aos próximos
Mas rimos, seja de nós mesmos, ou dos outros palhaços
A vida é um grande espetáculo circense, nada em vão
Assistimos de camarote e vivenciamos, aqui, ali, acolá, no fim do mundo onde estamos...

domingo, 19 de junho de 2011

Amor e arte

Amor é arte
Não essa baboseira que dizem por aí
Arte e amor não se criam
Arte e amor não se classificam
Arte se sentei
O amor pressente
Eu não posso querer fazer arte, afinal, arte não se define
Eu não posso querer sentir o amor, ele simplesmente aparece
Arte e amor podem se confundir
Mas são coisas diferentes
Tenho amor pela arte
Mas o amor é uma arte
Confusão numa bela tempestade de idéias
Muito estranho, encontrar-se num tufão
Mas a arte e o amor são assim
Avassaladores, desde então
Passam por cima de tudo, sem que queiramos
Sem que ao menos possamos perceber
Mas existem, coexistem com nós mesmos
Seja em vida, ou em morte, ou no nirvana
O amor sentimos
A arte sentimos
E somos sentidos
Deixemos tudo fluir
Como aquele rio que desagua no mar e se perde na imensidão
Como o vento que nunca para, energia que se transforma
Vamos viver a vida, por mais pleonástico que isso possa ser
E, vamos nos preocupar menos
Viver mais
Sejamos amor e arte
Amor não acaba
E a arte se expressa
Juntemos o inacabável com a forma mais nobre de expressão
E enfim teremos algo para a eternidade
Nós mesmos marcados no coração e na alma de cada um que amamos
Amor e arte, vida completa!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Descrença

Descrença

Dê um pedaço de carne a um pobre miserável
E receberás um sorriso de seu rosto
Se todas as pessoas fossem tão memoráveis
O mundo, enfim, teria paz e calmaria

Mas, de tal forma é o desgosto
De todos pela vida, seja sua ou do outro
Que paz nunca haverá
Muito menos a calmaria tão almejada

O mundo é tormentoso como um mar em fúria
As ondas são como as guerras e torturas
Quebram qualquer sensação de paz e alegria
E matam, o corpo físico e o espírito que existiu um dia

O mundo está morrendo!
Não por si só, mas por seus criadores
A história ficou para trás, estou dizendo
Vivo num planeta de terrores...

E quando a morte enfim chegar
Um sorriso em meu rosto, com certeza, irá aparecer
Creio eu poderei comemorar
Deixará minha esperança, então, de viver...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A beleza e o amor

O amor começa com a beleza
Inicialmente aquele beleza externa
Que cada um vê como quer
Mas não é tão importante
Importa mesmo a que vem de dentro
A beleza das palvras
A beleza do olhar,
A beleza do carinho
A beleza do afeto
A beleza do coração!
Mas é difícil ver tal beleza
É mais fácil sentí-la
Definí-la então, impossível!
Mas, a vida não é feita de definições
Vivemos sensações, vivemos momentos
E, em cada momento, deve-se aproveitá-lo ao máximo
Não podemos desperdiçar segundos preciosos com o que não tem volta
O novo nos esperado
Seja o modificável de antes ou o descoberto do depois
Em ti, a beleza é estonteante
Seja na doçura do seu beijos
No amor do seu abraço
No seu desejo
Na profundidade do seu olhar
Amar é tão simples, mas tão complicado, ao mesmo tempo
Sentir-se amado é tão bom, mas pode ser tão angustiante
Contudo, o importante, é saber que
o amor é percepitível, mas não paupável
a beleza do amor é ser algo indefinível!
Se soubessemos conceituar o amor, a vida não teria graça
de conceitos basta a ciência, que termina quando o conceito passa a existir
Vivamos, então, a essência do amor
Vivamos o amor, vamos sentir essa emoção
Que nunca será definida, ou mesmo explicada
Será sim, sentida e idolatrada!
Para ti, por ti, em ti
Amarei e sentirei-me amado!

domingo, 15 de maio de 2011

Concepção de Amor

Ah o amor!
Essa coisa louca
Transmuda por entre nossas entranhas
E, do nada, pouco a pouco
Acaba conosco...
Quisera eu não amar
Pois evitaria o sofrimento
Quisera eu não esperar
Pois evitaria ficar só, no alento
Quisera eu não saber
Que o que sinto é amor
Quisera eu, enfim, querer
Apenas ficar com você
Quisera eu aprender
Que pessoas boas são como pássaros
Não se prende, pois, se o fizer
O canto será artificial
Sua natureza será antinatural
A felicidade será falseada
E, por fim, vivo em físico, morte na alma...
Como pode, algo tão bonito, ser tão ruim?
Como pode o amor trazer tanto sofrimento em mim?
Talvez eu não seja um romântico
No máximo, um homem abaixo da média
Não sou cavaleiro errante
Mas não sou homem certo
Sou simplesmente eu
Apaixonado, amante
Mas, em guerra, comigo mesmo
Amor, sentimento triste
Enche-me o coração, mas esvazia-me a alma
Amor, sentimento triste
Traz-me um sorriso bobo, mas enche meus olhos de lágrimas
Ah! Como eu queria viver só
Sem precisar sofrer por um amor que aind anão tenho
Como posso sofrer por algo que somente procuro?
Como pode haver sofrimento por algo que nem mesmo sei da sua existência?!
E, continuo vivendo
A procura de algo que não sei o tamanho, a cor, o cheiro, a intensidade...
Mas, se vivo estou, vivo continuarei
Pois um dia, sei que meu esforço não terá sido em vão
E, enfim, finalmente, poderei dizer que amei!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Deus da Desordem

O crepúsculo se aproxima
É a hora que as almas mais impuras se despertam
A insanidade aflora, exala seu perfume
Penetra nas mentes mais inocentes
A ingenuidade humana, tão frágil
Mas tão profana
Emerge do inferno, nesse momento curto, mas que parece uma eternidade
Os gritos de desespero assolam as mentes mais calmas
O caos toma conta do mundo
Embriago-me e me entorpeço com tanto horror
E um sorriso maléfico surge em minha face
enfim, sou eu, Deus da desordem
Ajo e faço tudo ao meu bel-prazer
A morte é minha diversão
O desespero meu alimento
A tortura meu desejo
A insanidade meu reflexo
O sofrimento eterno seu destino!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Preciso aprender

Preciso aprender
A me entregar menos
Depender menos do amor
Preciso aprender
A me valorizar mais
A não sentir a falta que faz
Preciso aprender
A viver a vida como deve ser
Não me preocupar tanto com os outros
Preciso aprender
A me apaixonar menos
E amar, verdadeiramente, muito mais
Preciso aprender
A ser quem um dia eu era
A ser quem sou
A ser quem um dia serei
Preciso aprender
A valorizar meu coração
Aprecisar minha alma
Preciso aprender
Demonstrar minhas emoções
Ser lúdico talvez, infantil às vezes
Preciso aprender
Que a loucura é o mundo atual
Que a normalidade é clichê e sem graça
Preciso aprender
A ver o sol como uma estrela
A ver a lua como espelho das paixões
Preciso aprender
Esperar mais
Mas a esperança traz tanto sofrimento...
Preciso aprender
A sofrer mais
Esperando por um segundo de alegria
Preciso aprender a aprender
Só assim estarei vivo
Mesmo que seja em meu leito de morte.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Apaixonado

Inocente sou eu
que acredito nas palavras suas
no amor que seria seu e meu
contudo, nada disso transparece
Sou um bobo apaixonado
correndo ao seu lado
em busca de um amor de verdade...
Quanta ingenuidade!

Bobo sou eu
que escrevo uma carta de amor todos os dias
esperando uma palavra de carinho
sem receber há muito tempo
mesmo assim, espero, espero, espero...

Ser humano sou eu
pisado por seus pés
humilhado por sua falta de palavras
mas, continuo a sua procura
sempre acreditando que haverá uma resposta sua.

Sou todo coração
alma e paixão!
Busco, em sua figura, um porto seguro
alguém para amar...
A esperança, maior mal de todos
é o que me segura, sem me desesperar,
mas perco-me em mim mesmo
não saio do lugar...
Aguardo você chegar
Pela eternidade hei de esperar.


Esse foi um dos meus primeiros poemas, escrevi entre 2002 e 2003.
Contudo, vale aqui uma observação: seja homem ou mulher, quando alguém gosta de uma pessoa, passa por tudo isso. Submete-se a muita coisa em troca de um simples "oi"... O ser humano é realmente ingênuo!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Momentos de Loucura

Em um dia rotineiro
Cada um com sua vida, meros caminheiros
De repente um boom... Uma explosão de coisas
Sentimentos puro e impuros, espinhos e rosas
Um turbilhão atormenta a mente quieta
Para! Não se consegue sair desse mundo... Ele acerta
Seus olhos, mente, coração e alma
Não se pisca, não se enxerga, não sente, não vive
Mas a dor é premente
Tão dura, mas não se sente
Perde-se na loucura, na insanidade
Então pressente-se
Morte! Não, não é a vida que acaba
É a alma que compadece
Perece
Esquece
Desaparece...

domingo, 17 de abril de 2011

O drama da vida

Se me for dado, um dia que seja
O poder de mudar o mundo
Talvez eu nada fizesse
Nada que, além do tudo
Pudesse mudar, a intrincada e difícil destinação da humanidade
Se eu proporcionasse a paz ao mundo, qual o ideal dos povos de diferentes culturas?!
Se eu proporcionasse amor ao próximo, como compartilhar e resumir as diferenças?!
Se eu proporcionasse dinheiro, o que seriam dos monges?!
Se eu proporcionasse felicidade, o que seria da luta pelos nossos ideias?!
Enfim, o mundo é regulado, nada é preciso ser dado ou proporcionado
A gangorra da vida mantém-se equilibrada
Se houverem guerras, paz, não foi porque ninguém proporcionou isso ao bel prazer
Mas porque o homem quis assim
Interferir no destino humano, concretizando um ideal
Só tornaria a vida sem graça, um mero espetáculo teatral
Com marionetes sem livre arbítrio, sem respeiração
Que agem sabendo de onde vem e para onde vão
Sem nunca saber o diferente, sem te idéia do que poderiam fazer
Caso agissem em contrariedade ao ideal pré-programado em suas mentes
A vida é feita de felicidades, desastres, amores e dessabadores
Torná-la para sempre feliz seria acabar consigo mesma
Afinal, o homem pensa e age, se não pensasse, não agiria
Se não agisse, não faria mal, se não fizesse o mal, seria, então, feliz?!
Reflita-se, afinal, a felicidade não é um ideal?!
Diria, eu, então, que o homem que nunca pecou, nunca existiu
Não teve livrte arbítrio, nunca atuou
Foi como um animal vendado, que só enxerga a sua frente
Não sabe que, a seu lado, pode existir outro ente
Podem haver outros caminhos
A vida é um drama
Às vezes cômico, muitas vezes triste
Mas sem previsão
Você faz o que você quer
Não se sabe do amanhã, então, viva o agora
Afinal, outrora, não se poderá voltar atrás
A vida é voraz, é indestinada
Resta-nos entrar no teatro da vida
Mais um personagem, insignificante, se visto sozinho, mas importante, quando ao lado de todos
Então, que se faça um pouquinho
Que melhore-se o mundo
Mas deixe o destino correr, sem previsões, muito menos alterações unipessoais
A vida é dinâmica
Caso torne-se estática, não estaremos vivos
Apenas estaremos obedecendo as cordas do controlador de marionetes
Quando este cansar, nada mais restará
Então, caíremos, mortos, no chão
De uma peça triste
Que acabou, sem um fim...

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Ideal

Tenho um ideal
Buscado, jamais alcançado
Mas, pense ao meu lado
Será mesmo que este ideal deve ser concretizado?!
Imaginem só a situação
Corro, luto e busco a ascenção
Quando alcanço, onde estou?
No início de tudo novamente, para onde vou?...
Alcançado o ideal me vejo, então, sozinho
Um passáro sem ninho
O instinto de preservação deparece
Então, se perece
Alcançado um ideal, chega-se ao seu fim
Não há mais nada depois, nada por mim
É o fim de um ciclo, e agora?!
Espera-se pela morte, que não demora...

terça-feira, 12 de abril de 2011

Versos de Loucura

Ouço o barulho do assoalho rangendo
Que coisa estranha, não sinto medo
só mesmo um sentimento de perplexidade
Estou só nesta cidade
Em uma casasinha, que mais parece um lixão
Envolto em um cobertor, sem nenhuma emoção
Meus olhos, esbugalhados, estão vermelhos
Será o insenso?!
Não sei, talvez o descenso
De um corpo esguio, que não deveria nem ao menos se segurar em pé
Fraco, debilitado, débil mental inclusive

sou um procurador do Criador
Na minha loucura, sinto-me o verdadeiro salvador
De todos que estão perdidos
Mas, nem eu mesmo sei onde estou, estou caído
Rastenjando pelo chão frio dessa casa
Por seu dono tão mau amada
Por todos desprezada
Mas seu dono, louco, insano
Não faz mais nada além do profano

Sim, sou eu
Louco travestido em figura simples, debilitada
Que espera apenas uma brecha para... !!!
Atacar-lhe o pescoço e sugar seu sangue
Um vampiro?! Não, um louco psicótico a procura de alguém
Que enfim o ame, de verdade
E o atire da beira de um abismo, sem maldade
O faça morrer feliz, com sorriso sarcástico
Preservando herança enigmática
Da loucura do mundo atual, loucura de ricos
Loucura de pobres, loucura dos amigos
Loucura mundana, das guerras santas
Das guerras profanas!

Ps: Iniciando a "insanidade crítica", como eu mesmo apelidei. Loucura e insanidade mundanas em alguns dos próximos poemas.

Conferência aos amantes

Imaginem senhores uma figura
De tão bela formosura
Extirpando, de minhas entranhas, sentimentos estranhos
Não ruins, bons sentimentos, mas exóticos
Como a amor, sentimento ofegante, embriagante talvez
E minhas entranhas vão se consumindo
Pelo que, ou como, não sei
Mas me sentira tão sublime que me perdi
Naquela visão que de tão relusente me cegou
Mas não estou sem ver, minha cegueira foi da razão
Não ajo mais com o intelecto, mas sempre com o coração
E caminho sempre em frente, buscando
Encontrar a ela, figura tão bela
Será que está além mar?!
Não sei, talvez...
Pode ter sido um sonho, mas não lamento
Afinal, lembrança tão bela, leva-se, inclusive, ao final momento
Enfim, lhe digo, amei, realmente, aquela figura bela
Que de tão estonteante me fez chorar, de felicidade, mais uma vez!


Ps: Encontrei esse texto há muito perdido. Curtam!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Tenho saudade

Tenho saudade
das coisas vazias e perdidas no tempo
de um mundo sem nenhum alento
daquilo que passou mas nunca reparei em seu valor
do lúdico mundano, de profano esplendor
do amor que nunca tive, nem terei,
de tudo o que não sei

Tenho saudade
das ruas vazias que jamais frequentei
da dor que nunca me fizeram sentir nem mesmo perdoei
do doce beijo que jamais experimentei
da beleza interior que nunca terei
do sol quente em dia de frio intenso
daqueles olhos que não me apaixonarem nem me jogaram ao relento

Tenho saudade
das pessoas que não existiram
das família que jamais mentiram
do pão e água nunca servido
da fome doída do estômago ferido
de tudo o que me envolve em um dia escuro
do mundo perdido atrás do muro

Tenho saudade
de você, mais bela existência
que um dia conquistou-me na inocência
de um coração puro
perdido na imensidão depois daquele muro
Ah! Doce beijo desejado
Um belo dia será alcançado

Tenho saudade
daquilo que fui, um dia atrás
sempre atrás de ti, amor voraz
nunca sendo demais o que senti
todavia me perdi
além mar estou
no mar da escuridão pereceu o meu amor...

quarta-feira, 30 de março de 2011

Últimos Versos

Em um dia calmo em meio ao labor de todo dia
Rotineiramente, as mesmas questões, padrões, decisões
Em um momento de lazer, lascivia talvez (bem queria)
Encontrei alguém especial sem saber disto as razões

Símbolo de um dia normal, como outro qualquer
Mas, diferente, em sua essência quem sabe
Ou mesmo, pudera dizer, algo que bem me quer...
Confusão atormentante (mente infamante).

Ah! Se um dia puder dizer
Que dia especial foi aquele, meu bem querer!

Alguns dias se passaram
E aquele símbolo se transmudou
Figura estonteante, embriagante... Épica, talvez -
Mudou-me, abraçou-me, transformou-me.

Belos dias meu caro
Nada de amargura
Não mais apenas figura
Mas, enfim, a concretização do belo

Como é bom sentir assim
Algo tão perto, intenso, imerso não só a mim!

E, em tão poucos dias
O afago, o amor, a tenra inocência
sem malquerências ou ilusões
Muito menos vulgaridades, talvez algumas paixões -

Luxúria, mas luxúria humana
de um amor, talvez platônico - não sei
Mas, de um lado a outro, finalmente cheguei
Ao ponto final, de uma vida, às vezes vazia, mas não profana

Vida que sempre prezei
Será que, mais uma vez, verei tão bela esta que amei?!

Morro, mas morro feliz
Ao saber que, por um instante, senti amor puro
Tão real que ultrapassa a realidade, chegando ao infinito
Não eterno, como já dizia o mestre
Mas intenso em sua essência, fogo sem limites

E, por fim, que se escreva em meu epitáfio
Vivi, sofri, aprendi
Mas hei de dizer por tudo e a todos
Fizeste a mim feliz, amei, por um dia apenas, talvez
Mas por ti e em ti encontrei e soube o que é ser feliz!


Ps: Não são meus últimos versos no blog. É só o nome do poema mesmo!