segunda-feira, 20 de junho de 2011

Palhaços da vida

Palhaços da vida

A vida prega peças
às vezes cômicas
mas diversas vezes sem graça
Em certos momentos
rimos à beça
em outros, choramos como criança

Contamos as horas para um dia chegar
outras vezes, não queremos ver um minuto passar
e nesse paradoxo, indecisos os homens hão de estar
Pedimos para amar
E quando ele aparece, dizemos que não é hora de chegar
Bicho estranho o homem, antagônico, sempre a eternizar...

Tão antitético é o homem que poupa dinheiro
Para, anos depois, poder gastar
E, no final, se arrepender de ter poupado e ter gastado, sem pestanejar

Reclamamos de tudo e do todo
E esquecemos do principal, nos mesmos, preocupação primordial
E, em prol do bem do outro, sofremos, entristecemos, caímos no nosso próprio esquecimento
Contudo, somos seres perfeitos, se carne e osso
Não desistimos nunca, nem mesmo no leito de sofrimento fatal
Todavia, continuaremos perdiso ali, no alento...

Continuamos a vida, tão querida por nós
Não aproveitamos nada, somos palhaços tristes e melancólicos
No show da vida perdemos nossa essência, e rimos do sem graça, choramos da nossa desgraça
Mas, bichos homem, teimosos que sois vós
Um fio de esperança existe - e não se trata de nenhum contexto bucólico
O futuro nos reserva melhores dias, de alegria e, enfim, felicidade, tudo com graça

Palhaços da vida que somos
Pregamos peças em nós mesmos - e nos outros também, porque não?!
Nos machucamos e machucamos aos próximos
Mas rimos, seja de nós mesmos, ou dos outros palhaços
A vida é um grande espetáculo circense, nada em vão
Assistimos de camarote e vivenciamos, aqui, ali, acolá, no fim do mundo onde estamos...

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