domingo, 15 de maio de 2011

Concepção de Amor

Ah o amor!
Essa coisa louca
Transmuda por entre nossas entranhas
E, do nada, pouco a pouco
Acaba conosco...
Quisera eu não amar
Pois evitaria o sofrimento
Quisera eu não esperar
Pois evitaria ficar só, no alento
Quisera eu não saber
Que o que sinto é amor
Quisera eu, enfim, querer
Apenas ficar com você
Quisera eu aprender
Que pessoas boas são como pássaros
Não se prende, pois, se o fizer
O canto será artificial
Sua natureza será antinatural
A felicidade será falseada
E, por fim, vivo em físico, morte na alma...
Como pode, algo tão bonito, ser tão ruim?
Como pode o amor trazer tanto sofrimento em mim?
Talvez eu não seja um romântico
No máximo, um homem abaixo da média
Não sou cavaleiro errante
Mas não sou homem certo
Sou simplesmente eu
Apaixonado, amante
Mas, em guerra, comigo mesmo
Amor, sentimento triste
Enche-me o coração, mas esvazia-me a alma
Amor, sentimento triste
Traz-me um sorriso bobo, mas enche meus olhos de lágrimas
Ah! Como eu queria viver só
Sem precisar sofrer por um amor que aind anão tenho
Como posso sofrer por algo que somente procuro?
Como pode haver sofrimento por algo que nem mesmo sei da sua existência?!
E, continuo vivendo
A procura de algo que não sei o tamanho, a cor, o cheiro, a intensidade...
Mas, se vivo estou, vivo continuarei
Pois um dia, sei que meu esforço não terá sido em vão
E, enfim, finalmente, poderei dizer que amei!

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